sexta-feira, setembro 15, 2006

Primeiro, as primeiras coisas

É, digamos que, de tudo que eu tinha planejado pra ontem, eu tenha conseguido realizar 50% dos meus planos.
Fui à psicanalista e, pra variar, vários cadáveres foram desenterrados. Mas no fimal eu estava muito mais leve e acabei saindo com a cabeça mais em ordem, e isso tem ajudado muito. Ademais, ela é ótima, muito boa mesmo. Cai uma ficha atrás da outra.

Depois, como tinha combinado de encontrar a minha irmã no metrô, liguei pra ela pra confirmar (o seguro morreu de velho). Pra minha surpresa, meu cunhado atende:

-Alô.
-Fernando?
-Sim, fala Lu.
-Avisa que tô indo pro metrô pra encontrar com ela.
-Olha, ela saiu, foi na rua aqui atrás, na casa de não-sei-quem e não disse mais nada.

Silêncio...

Fiquei puta da vida, mas tentei disfarçar.

-Bom, então você diz pra ela que o documento que eu tenho que entregar pra ela, fala pra ela se virar e vir buscar.

Nesse momento pensei "desisto da minha irmã", mas a amo demais e como estou com todos os meus sentimentos à flor da pele preferi não estressar ainda mais.

Bom, tô eu, lá no ônibus, indo pro metrô sentido minha casa, toca o celular, era a minha irmã:

-Lu, desculpa, mas é que eu tinha que resolver um negócio do cursinho e fui lá achando que não ia demorar, mas não dá mais tempo de te encontrar, né?
-É, não dá.
-Então eu vou até você amanhã e pego esse documento.

Pensei "ih, Luciana, vai levar balão"

-Tá bom, onze horas da manhã no metrô 'tal' e te entrego o documento.
-Então tá, desculpa viu, um beijo.

Aí fui pra casa com aquele pensamento: "Ei, Luciana, sua imbecil, você se mete em cada uma, hein? Vive procurando problema! Por que não deixa que as pessoas se virem? Que mania de querer sempre ajudar os outros, você só se ferra. As pessoas não se importam, porra!"

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