segunda-feira, setembro 28, 2009

Um dia eu conheci um cara assim...

Tem gente que passa a vida sem assumir sua sexualidade. Às vezes morre de doenças graves, porque aquela dor fica tanto tempo reprimida que o cara acaba desenvolvendo um câncer.

Conheci alguns homens enrustidos, até namorei um. Pelo menos pra mim ele era. Primeiro, porque era homofóbico, mas tinha uma curiosidade imensa, embora não declarada, claro, pelo terceiro sexo. O mais curioso é que ele tinha fases em que a curiosidade aumentava, outras vezes ele sentia repulsa e até nojo de casais homossexuais, mas eu achava aquilo tudo muito estranho porque ele gostava justamente de morar perto de lugares com uma quantidade razoável do público GLSBTT.

Impressionante como o cara que tem problemas em se aceitar como homossexual tem sérias dificuldades emocionais, mais até do que uma mulher, e eles insiste em namorar mulheres, tentando encobrir aquilo que sente. Foi difícil, até entender que não era um problema meu e sim dele.

Se coisas do cotidiano se tornam difíceis, imagina manter uma relação sexual com uma pessoa que não se aceita? Ele dificultava tudo, era paranóico, tinha mania de perseguição e se sentia inferiorizado. Tinha uma baixíssima auto-estima, desenvolveu mania de limpeza, gostava de organizar livros e CDs em ordem alfabética, organizava as roupas por cores no guarda-roupas. Desenvolveu alergias, vivia com rinite, e tinha problemas emocionais com a mãe. Temia ser abandonado, rejeitado por ela, vivia uma vidinha medíocre na barra da saia da mãe. Precisava da aprovação dela pra tudo. Algo realmente muito triste.

Como consequência disso, hostilizava e ridicularizava as pessoas que não tinham problemas em se expressar.

Também, imagino que deva ser terrível você viver reprimido, com vergonha daquilo que você gosta, se forçando a ter uma vida infeliz, um relacionamento infeliz, tudo para que a sociedade te aceite.

Mas isso tem um nome: Homofobia interiorizada, ou Homofobia Internalizada.

E, uns dias atrás me lembrei dele e resolvi pesquisar no deus Google sobre este assunto e achei isto:

A classificação psiquiátrica para a Homofobia Internalizada é denominada de Transtorno da Preferência Sexual Egodistônica ou Orientação sexual egodistônica. Esta classificação no entanto, aplica-se no caso daqueles que já reconhecem a sua orientação sexual homossexual porém discordam ou rejeitam essa forma de ser e lutam contra seus sentimentos. O termo se opõe a Egodistônico, em que a pessoa concorda com seu próprio jeito de ser.

Como ele conhece meu blog, espero que leia meu post e de uma vez por todas, vá procurar ajuda e pare de bater punheta na frente do computador. De verdade.


quinta-feira, setembro 24, 2009

Síndrome de Peter Pan

Eu gostaria muito de entender porque tantas pessoas se sentem incomodadas com o que eu escrevo aqui, a ponto de me xingarem por e-mail, postagens, etc.

A última foi um comentário sobre a minha tatuagem... Mas como neste mundo estamos cercados de recalcados, hipócritas e preconceituosos, quando você fala algo que não condiz com a filosofia deles, eles se acham no direito de te atacar.

Blog não é uma coisa pessoal?

Aliás, para os garotos com síndrome de Peter Pan (sim, vocês!), não me importa quantas vezes vocês gritem e façam birra, vocês não passam de enrustidos que nunca sairão do armário porque não têm bolas pra assumir isso. Eu, pelo menos, falo e faço o que bem entendo.