segunda-feira, outubro 02, 2006

Psiquiatra, advogado, dentista, apuração... Começa a semana

É, tentar sobreviver nessa selva não é fácil.

Sexta-feira, quando acabei de chegar ao escritório, recebi a ligação da minha mãe: problemas a serem resolvidos com uma advogada. Lá vai Luciana largar tudo pra correr atrás de papelada em cartório e fórum, tudo de novo, dessa vez por outros motivos.

Bom, fomos até a advogada, que estava em fechamento, e nos deu um chá de cadeira. Sei que fiquei na rua resolvendo coisas da "justiça" e da "lei" indo e vindo em cartórios de registros o dia todo. Engraçado como "o dia todo" para os cartórios soa diferente: para uns, "o dia todo" é das 10h às 16h e para outros é das 9h às 15h. Eu queria ser filha de dono de cartório. Deve ser futuro garantido para filhos, netos e bisnetos a perder de vista. Mas não, fui nascer numa família de classe média ou como diria o professor da minha mãe na época da ditadura: filhinha da capitalista. Grande filho da puta essa cara. Se ele soubesse como a nossa vida sempre foi difícil.

Depois de tudo combinado e nada resolvido com a advogada e os benditos cartórios, fui ao psiquiatra, que acha que eu estou melhorando. Fizemos uma hora de relaxamento e ele mudou novamente a dosagem do medicamento que estou tomando. Saí de lá relativamente bem, mais leve, mas com uma ponta de preocupação. Não sabia o que era.

Resolvi então comprar o remédio, que é tarja preta e com receita controlada, numa farmácia que nunca entrei. Mas fui, era caminho, não queria mais bater perna e acabei comprando o remédio naquela farmácia estranha, meio largada. E não é que depois de ter pago o dobro do preço pelo mesmo remédio concluo que fui duas vezes roubada? A primeira foi com o meu consentimento porque paguei mais caro, mas a segunda... Na segunda vez, em algum momento, "puxaram" o remédio de dentro da minha sacola e eu não percebi. Só fui me dar conta do ocorrido quando cheguei em casa. Aí, nessa hora eu lembrei que não estava me sentindo bem na hora que comprei o remédio, que algo iria acontecer e que eu, definitivamente, não deveria ter comprado o remédio naquela farmácia. Deveria ter andado um pouco mais e comprado o remédio na farmácia de sempre. E é claro que chorei de raiva ao perceber que tinham tirado o remédio de dentro da minha sacola sem que eu visse. Tomei meu outro remédio e dormi até o dia seguinte.

No dentista correu tudo normal, com dor e anestesia num determinado músculo e, conseqüentemente, ganhei um trismo, que é uma alteração motora dos nervos trigêmeos, que impossibilita a abertura da boca.

Voltei para casa, onde dormi o resto do dia. Melhor pra mim, porque ter que sair no dia seguinte pra votar e ainda por cima com dor seria um saco, até já previa.

Aí, ontem foi aquela coisa de sair pra votar, pegar duzentos e trinta e cinco ônibus, enfrentar bêbados gritando na rua que é "PT de ponta a ponta" (só pra mim que serve essa merda de lei seca, nunca consegui comprar bebida alcoólica em véspera de eleição) e ainda tomei uns dois ônibus errados porque a minha mãe fez confusão. Ainda bem que tem bilhete único.

Depois de toda essa agitação (veja que final de semana superultraplussupimpa) cheguei em casa, me larguei no sofá e comecei o zapping nos canais. Vê filme, intercala com apuração, vê série, apuração.

Serra ganha no primeiro turno.

Alckmin e Lula vão para o segundo.

(E eu lá lembrando do maldito que roubou o meu remédio, seja ele quem for.)

Pelo menos, agora o Alckmin vai pro segundo turno pra brigar de novo com esse nosso presidente "cego". E ainda li no Estadão que o Alckmin foca nos escândalos e diz que continuará a bater.

Mas hoje já liguei pro meu médico pra pedir uma nova receita e parece que está tudo resolvido. E hoje também tenho dentista, mas o trismo praticamente já foi embora, tá só uma dorzinha meio chata, mas como vou falar mal de muita gente ainda hoje e vou movimentar bastante os meus nervos trigêmeos é capaz de já na hora do almoço eu nem ter mais nada.

Que dia lindo!

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