quarta-feira, dezembro 13, 2006

Natal, adoro Natal!

Todo ano era a mesma coisa. Chegava essa época do ano e eu queria evaporar, sumir da face da Terra, tomar um comprimido que me fizesse dormir na época de festas e só acordar no dia 2 de janeiro.

Mas, neste ano, algumas coisas mudaram. Na verdade, muitas coisas mudaram. E a mais importante é que vou passar o Natal e o Ano Novo com as pessoas que mais amo e com as quais eu mais me preocupo. Além do que tem a reforma em casa, né? O pedreiro não terá folga, as coisas estão correndo no seu caminho natural e tudo está devidamente no lugar.

No começo, eu confesso, achei bem estranho o fato de tudo isso estar no lugar. Mas, e depois de tudo resolvido?

Eu tinha me acostumado com a baderna que era a minha cabeça, tinha me acostumado a lidar com pessoas desordeiras e egoístas, que me sugavam a alma e pediam mais com a sua desorganização e egocentrismo.

Aí, depois dessa repaginada total fiquei assim, totalmente na minha, cada um cuida da sua vida e tudo bem. Não adianta querer salvar o mundo e as pessoas que te cercam. O Mundo não tem salvação, e não estou sendo pessimista, estou sendo realista. Uma hora isso tudo acaba e pra quê tanto sofrimento da minha parte? Elas têm que abrir os olhos e sentir que o momento de mudar é AQUELE e não voltar atrás.

Mas uma coisa é certa: meu amor por mim é o maior do Mundo e nada pode mudar isso agora, pois comecei a percorrer um caminho sem volta. Mas, prestem atenção: não estou falando de um amor egoísta e cego, que te leva à beira do precipício e te empurra pelas costas. Estou falando de um amor diferente, de uma vontade de continuar sendo melhor comigo mesma e dando o melhor de mim para mim! Isso soa egoísta, mas não vou mudar uma pena de lugar. Até um tempo atrás, vivia para agradar aos outros e, quem leu esse maldito blog nos idos de setembro, viu o que aconteceu. Permiti que uma depressão, que já batia na porta há anos, entrasse, e me fodi, deixando tudo desmoronar e, pra ajudar a "acertar" de vez, estava com um cara que não ligava a mínima pra mim e mandou eu ir passear (por isso, não me venha falar de egoísmo. Não agora). Depois, descobri que o cara não tinha coragem de falar que ia embora de SP, por isso o pé na bunda (pelo menos é o que diz a boca pequena). A verdade, eu não faço a mínima questão de saber, já foi, já era.

Mas a minha vontade de crescer, de continuar sendo quem sou e melhorar a cada dia todas as coisas que não consegui acertar, ainda permanece e aumenta. E sei que isso durará a minha vida inteira, pois o dia que eu encontrar um jeito de deixar tudo certo, do modo como quero, não haverá motivos pra buscar mais nada.

Por isso, vou festejar as datas de fim de ano, com meu coração aberto e em paz comigo e com todos que me amam e estão ao meu lado. Afinal, tive um ano muito difícil, muito doloroso, muito cheio de mudanças. Aliás, mudança é assim mesmo, dói, é difícil e é muito complicada também. Principalmente com relação ao fato da aceitação. Aceitar a mudança torna tudo muito mais fácil. Para mim, a entrada para a fase adulta foi um parto com fórceps ao contrário, fui praticamente empurrada à fase adulta. Mas, até já me conformei com isso, me tornar adulta com 31 anos. Acho legal, até porque vou aproveitar ainda mais a vida a partir de agora. Serei uma adulta competente. Quanta gente que nem competente é e, pior ainda, nunca se tornará adulta?

Natal, seja bem-vindo e que todos os dias da minha vida sejam Natal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário