Eu já comentei aqui numa outra ocasião que quem canta no ônibus me enlouquece. Naquela época era uma crente que cantava de maneira desafinada um hino da igreja, tentando evangelizar todos os passageiros. E esses crentes acham que quem não gosta de música evengélica (ou gospel como eles gostam de chamar) têm o diabo no corpo.
Pois bem, estou eu, vindo trabalhar, num dos piores dias da minha vida, depois que recebi a depressão como companheira constante e junto com ela as lágrimas, as ânsias de vômito, a falta de apetite... os remédios e a rejeição de pessoas fracas demais pra me ver passar por esse momento tão doído, e sento no ônibus, que nem sempre pego, e do meu lado senta um rapaz, um afro-brasileiro. Liga o celular na sintonia MP3 pra escutar músicas SEM FONES DE OUVIDO. Eu lá, quieta, olhando pelo vidro embaçado de creme de cabelo de alguma outra afro-brasileira que passou por lá ants de mim. O rapaz colocou um funk, mas um funk muito alto, nem sei como celular que toca MP3 pode ser tão potente. Mas a música era alta, e com um som destorcido, metálico, como se fosse mono:
blá, blá, blá, blá, blá, blá, o proibidão do funk, blé, blé, blé, blé, blé, blé, as mina faz assim...
Tem coisa que vem na hora certa. Bendito Prozac.
terça-feira, agosto 29, 2006
quinta-feira, agosto 24, 2006
Uma imagem vale mais que mil palavras.
E uma música então, quantas palavras vale?
There is an End - The Greenhornes With Holly Golightly
Words disappear,
Words weren't so clear,
Only echos passing through the night.
The lines on my face,
Your fingers once traced,
Fading reflection of what was.
Thoughts re-arrange,
Familar now strange,
All my skin is drifting on the wind.
Spring brings the rain,
With winter comes pain,
Every season has an end.
I try to see through the disguise,
But the clouds were there,
Blocking out the sun (the sun).
Thoughts re-arrange,
Familar now strange,
All my skin is drifting on the wind.
Spring brings the rain,
With winter comes pain,
Every season has an end.
There is an End - The Greenhornes With Holly Golightly
Words disappear,
Words weren't so clear,
Only echos passing through the night.
The lines on my face,
Your fingers once traced,
Fading reflection of what was.
Thoughts re-arrange,
Familar now strange,
All my skin is drifting on the wind.
Spring brings the rain,
With winter comes pain,
Every season has an end.
I try to see through the disguise,
But the clouds were there,
Blocking out the sun (the sun).
Thoughts re-arrange,
Familar now strange,
All my skin is drifting on the wind.
Spring brings the rain,
With winter comes pain,
Every season has an end.
Aprendendo a lição
Tem dias que eu acordo com uma frase do Allan Sieber na cabeça:
Hoje não vai dar.
Por que será?
Hoje não vai dar.
Por que será?
quarta-feira, agosto 09, 2006
Embromação literária: a nova onda cibernética
A internet é uma desgraça. É boa, mas é ruim. Todo mundo tem blog e todo mundo quer aparecer. Numa época em que as pessoas vivem enclausuradas em casa, seja por falta de tempo, falta de segurança e o motivo mais velho desde que o mundo é mundo, a falta de companhia, as pessoas começaram a fazer blogs para contar o dia-a-dia. Até aí tudo bem, porque nesse blog aqui acontece a mesma coisa. Mas o que tenho lido com maior freqüência é que as pessoas estão se descobrindo "gênios", "críticos fantásticos". Uma hora são críticos da novela das 8, outra hora se tornam críticos dos livros que estão no top 10 da Veja, que aliás, só lêem os livros que a Veja publica, e esta que só publica por ter recebido jabá. Parece até que não têm o que fazer! Get a live, porra!
Aí o cara tem insights no meio da noite ou debaixo do chuveiro e resolve escrever as "descobertas" no blog. Se fosse assim, só, seria bacana, porque a gente raramente conta pras pessoas o que passa na nossa cabeça, mas querer ser endeusado por meia dúzia de palavras engraçadas é dose. Aí você dá corda pro sujeito e ele não pára mais. Começa a achar que é o novo Machado de Assis e desfia textos de cinqüenta paragrafos, cada um com mil linhas. Oras, me poupe dessa lenga-lenga! Escreve algo útil, consistente, breve e engraçado! Eu não tenho paciência.
Entre uma tarefa e outra prefiro ler algo divertido e rápido, pra diferenciar das coisas que faço no escritório e não um tratado, uma bíblia da vida do cara. Acho isso um saco. E como se não bastasse essas pessoas se acham o Diogo Mainardi. Eu, pessoalmente, claro, acho esse cara um mala, critica todo mundo e acaba com a paciência dos outros por ser muito, muito chato. Mas a maioria dos leitores desse imbecil acha o Diogo Mainardi suuuuperinteligente, que gosta de polemizar, com ótimas sacadas. Pra mim quem tem ótimas sacadas é jogador de vôlei.
Todo chato gosta de Diogo Mainardi. Só a medíocre sociedade que lê Veja é que gosta de Diogo Mainardi. Veja se ele é algum ídolo de algum grande pensador, visionário?
No final das contas escrevi esse post enorme pra meter o pau no urso do cabelo duro que é o Mainardi e em todos os imbecis que acham que escrever um post grande como esse, de um milhão de linhas, só pra falar sobre uma maçaneta quebrada é o mais próximo que uma pessoa pode chegar da definição de intelectual.
Pura perda de tempo.
Hoje todo mundo quer ser deus. Hoje todo mundo quer ter razão e ser dono da verdade.
Embromação literária, essa é a nova onda cibernética. Saco.
(viu como é chato um post longo demais, prolixo, exacerbado, demasiadamente extenso?)
Aí o cara tem insights no meio da noite ou debaixo do chuveiro e resolve escrever as "descobertas" no blog. Se fosse assim, só, seria bacana, porque a gente raramente conta pras pessoas o que passa na nossa cabeça, mas querer ser endeusado por meia dúzia de palavras engraçadas é dose. Aí você dá corda pro sujeito e ele não pára mais. Começa a achar que é o novo Machado de Assis e desfia textos de cinqüenta paragrafos, cada um com mil linhas. Oras, me poupe dessa lenga-lenga! Escreve algo útil, consistente, breve e engraçado! Eu não tenho paciência.
Entre uma tarefa e outra prefiro ler algo divertido e rápido, pra diferenciar das coisas que faço no escritório e não um tratado, uma bíblia da vida do cara. Acho isso um saco. E como se não bastasse essas pessoas se acham o Diogo Mainardi. Eu, pessoalmente, claro, acho esse cara um mala, critica todo mundo e acaba com a paciência dos outros por ser muito, muito chato. Mas a maioria dos leitores desse imbecil acha o Diogo Mainardi suuuuperinteligente, que gosta de polemizar, com ótimas sacadas. Pra mim quem tem ótimas sacadas é jogador de vôlei.
Todo chato gosta de Diogo Mainardi. Só a medíocre sociedade que lê Veja é que gosta de Diogo Mainardi. Veja se ele é algum ídolo de algum grande pensador, visionário?
No final das contas escrevi esse post enorme pra meter o pau no urso do cabelo duro que é o Mainardi e em todos os imbecis que acham que escrever um post grande como esse, de um milhão de linhas, só pra falar sobre uma maçaneta quebrada é o mais próximo que uma pessoa pode chegar da definição de intelectual.
Pura perda de tempo.
Hoje todo mundo quer ser deus. Hoje todo mundo quer ter razão e ser dono da verdade.
Embromação literária, essa é a nova onda cibernética. Saco.
(viu como é chato um post longo demais, prolixo, exacerbado, demasiadamente extenso?)
terça-feira, agosto 08, 2006
Parlapatão (ou pra você que é fino, pedante)
Estava procurando uma palavra que definisse a atitude de pessoas que fazem parte do meu dia-a-dia, mas o pensamento sempre me escapava. Hoje, navegando pela internet, tive a elucidação da palavra: pedante. Ou seja, praquele tipo de pessoa que gostaria demais de ser algo e que até se esforça, mas da maneira errada, tornando tudo falso, forçado, sabe? Em outras palavras, um mentiroso nato. Mas parlapatão ainda é mais legal de falar.
Já, se for pra adotar uma maneira mais polida, mais fina e se você até quiser ser um parlaptão e demonstrar o conhecimento que você não tem, eu te ajudo. Então, esta é a definição para pedante, seu parlapatão:
[Do it. pedante.]
Adjetivo de dois gêneros
1.Que se expressa exibindo conhecimentos que realmente não possui; parlapatão, impostor, vaidoso, pretensioso.
2.Que ostenta erudição afetada e livresca; afetado, amaneirado, rebuscado.
Substantivo de dois gêneros
3.Pessoa pedante.
Portanto, exatamente como canta Alex Turner, do Artic Monkeys, na música Still Take You Home:
So, what do you know?
Oh, you know nothing!
Já, se for pra adotar uma maneira mais polida, mais fina e se você até quiser ser um parlaptão e demonstrar o conhecimento que você não tem, eu te ajudo. Então, esta é a definição para pedante, seu parlapatão:
[Do it. pedante.]
Adjetivo de dois gêneros
1.Que se expressa exibindo conhecimentos que realmente não possui; parlapatão, impostor, vaidoso, pretensioso.
2.Que ostenta erudição afetada e livresca; afetado, amaneirado, rebuscado.
Substantivo de dois gêneros
3.Pessoa pedante.
Portanto, exatamente como canta Alex Turner, do Artic Monkeys, na música Still Take You Home:
So, what do you know?
Oh, you know nothing!
quinta-feira, agosto 03, 2006
Não ao acordo entre Israel e Mercosul
Petição contra o acordo entre Israel e Mercosul no link acima.
Não vamos deixar que nosso país feche os olhos também para as ilegalidades que possamos vir a contribuir caso Israel e Brasil assinem esse acordo.
Não vamos deixar que nosso país feche os olhos também para as ilegalidades que possamos vir a contribuir caso Israel e Brasil assinem esse acordo.
SOS Líbano
Por conta dos acontecimentos que temos acompanhado no Oriente Médio, peço ajuda para divulgar e incentivar doações aos nossos irmãos libaneses. O site é bem planejado e tem todas as explicações de como fazer doações de alimentos, roupas e remédios. Repassem a quem vocês puderem.
quarta-feira, agosto 02, 2006
Falta de criatividade
Bom, já tem um tempo que venho querendo escrever algo aqui, mas a falta de criatividade é tamanha a ponto de deixar um intervalo de quase... ah, sei lá, oito, dez meses, sem postar nada. Mas uma hora eu volto, uma hora eu volto...
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